O Terço Mariano e a JMJ

A história da Igreja é marcada pela vida de seus santos. Eles servem de exemplo para nós, ajudam-nos a compreender melhor a mensagem de Cristo através da vivência de seus ensinamentos. Muitas vezes, esses santos nos deixam legados incalculáveis: verdadeiros tesouros para a Esposa de Cristo.
No final de semana passado, o EJC celebrou, talvez sem se dar conta, dois desses frutos. O primeiro deles? O terço mariano.
De origem incerta, o terço mariano é geralmente atribuído a São Domingos de Gusmão (+1221), fundador da ordem dos Pregadores, a ordem dominicana. Contudo, conforme nos recorda São João Paulo II em sua carta Rosarium Virginis Mariae, a prática do rosário foi tomando forma gradualmente, ao longo do segundo milênio, sob o sopro do Espírito Santo. Mais do que a mera repetição “automática” de Pai-Nossos e Ave-Marias, a oração do rosário é um verdadeiro exercício — o fiel deve esforçar-se para contemplar, a cada conta, o mistério que está sendo meditado. Assim, a Igreja nos propõe diferentes conjuntos de mistérios, que sintetizam toda a caminhada e a pregação do Cristo, desde a Anunciação do Anjo até a Coroação de Nossa Senhora. Sendo tipicamente uma oração mariana (em honra a Nossa Senhora), o terço é também fundamentalmente cristológico, como nos lembra São João Paulo II: não se pode separar a missão do Cristo e a mensagem evangélica do coração de Maria! Ainda nessa carta, o papa e santo sugeriu juntar aos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, o conjunto de mistérios que ele denominou “luminosos”, apresentando à comunidade cristã outros cinco momentos notáveis da vida do Salvador, como Seu batismo no Jordão e Sua Transfiguração no monte Tabor.
O segundo tesouro celebrado por nós no domingo último também foi motivado por São João Paulo II: a Jornada Mundial da Juventude. O papa polonês, desde o início de seu pontificado, mostrou sua preocupação com a juventude. Natural, portanto, que criasse, em 1985, a JMJ, buscando salientar a importância que o jovem tem na vida da Igreja. São João Paulo II mostra, já na 1ª Jornada (Roma, 1986), seu desejo de que todo jovem fosse “ao encontro de Deus”. Realizadas mais ou menos a cada dois anos, as Jornadas foram crescendo e se popularizando entre os jovens, atraindo católicos de todas as idades. Estima-se que a maior de todas tenha sido a de Manila (1995), nas Filipinas, seguida de perto pela do Rio de Janeiro (2013). O papa Francisco anunciou mês passado, durante a Jornada em Cracóvia, a data e o local da próxima JMJ: acontecerá no Panamá, em 2019! Cada JMJ conta com diferentes atividades para os jovens de todas as línguas; permite a troca cultural entre jovens do mundo todo e mostra-nos a pluraridade de carismas de nossa Igreja, sempre na mesma fé. Um sinal dessa fé é um dos símbolos da Jornada, a Cruz, que São João Paulo II deu aos jovens para se lembrarem sempre do amor de Deus por nós — amor este que levou a Seu próprio e Redentor Sacrifício.
No terço rezado na dinâmica do domingo passado, o EJC se uniu aos católicos de todo mundo nas intenções do Santo Padre e da JMJ, enquanto contemplava alguns trechos da vida do Cristo. Nestes dias que se seguem, receberemos milhares de estrangeiros em nossa cidade para a realização das Olimpíadas. Convém também que rezemos pela sua realização. E peçamos sempre a intercessão dos santos; que Deus continue nos dando, através deles, inúmeros tesouros espirituais como o terço e a JMJ.

“O jovem será o Sol ou a tempestade do amanhã”
(São Luis Orione)





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Beijos,

Pastoral da Comunicação
Amanda Padilha
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Lucas Simões
Marcela Garrido


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