Conhecendo mais sobre:
Padre Francisco de Assis Silva Alfenas
Segundo o
Papa Francisco, O Bom Pastor é aquele que
não veio para ser servido, mas para servir; não para permanecer nas suas
comodidades, mas para sair, procurar e salvar o que estava perdido.
E apesar do nosso atraso, nós, BPs do EJC,
fizemos uma entrevista com um dos nossos verdadeiros BPs da Paróquia, o recém
chegado Pe Francisco que assumiu a direção do colégio
Divina Providência e da Instituição de Artes e Ofícios Divina Providencia, que
inclui a Casa de Betânia. Assim, poderemos conhecer melhor a vida do sacerdote que tanto se dedica e se envolve com as questões da paróquia, do colégio e do EJC.
- Como foi a sua infância? Como era o seu relacionamentos com seus pais, seus irmãos e com o catolicismo na infância? Há alguma memória desta época?
Minha
infância foi vivida de uma forma muito simples. Minha família é campesina e
vivíamos do que produzíamos. Trabalhava na roça como toda criança, sobretudo
ajudando na lavoura (plantação de milho, feijão e arroz). Nos finais de semana
eu ia à missa com minha mãe. Jogava futebol nos campinhos da roça com os
amigos. Estudava normalmente na escola. Caminhava três quilômetros para ir à
escola, todos os dias. Meus pais, sobretudo minha mãe sempre me apoiaram muito em
tudo. Ia com eles às missas. Ela também incentivava a participar da catequese.
Minha boa memória era quando ia passar os finais de semana com minha mãe
na casa da minha avó que morava há mais ou menos seis quilômetros de minha
casa.
- De que forma ocorreu a descoberta da sua vocação ao sacerdócio? Como foi a reação da sua Família? Durante esse processo de definição, houve medos ou ansiedades da sua parte?
Pelo
fato de ser de uma família católica, sempre tive vontade de ir para o
Seminário. Nunca revelei a ninguém, nem para minha família. Quando estava
cursando a 8ª Série do Ensino Fundamental, hoje 9º ano, passou um diácono
de Belo Horizonte na escola em que eu estudava em Brás Pires convidando aqueles
que tinham desejo de ser padre para uma experiência vocacional em Belo Horizonte. Fiz a experiência de uma semana em janeiro de 1984, fui convidado,
e entrei no Seminário em Belo Horizonte para fazer o Segundo Grau, hoje Ensino
Médio. Minha família sempre me apoiou muito. Era o sonho de minha mãe ter um
padre na família. Ela rezava o terço todos os dias, e pedia a graça de
ter um filho padre. Durante todo processo educacional tive sempre muito medo,
ansiedade e indecisão. Sempre fui perseverante enfrentando todas as
muitas dificuldades tanto vocacionais, financeiras entre outras que foram surgindo.
- Algum motivo especifico te levou à ordem Orionita? Quais foram as suas primeiras impressões ao chegar no seminário?
O
que me levou à ordem orionita foi a "oportunidade". A primeira
oportunidade que tive eu aceitei o convite e fui para o seminário. Pensei que o
Seminário era um lugar de santos... risos... quando cheguei, percebi que era um
local onde sem tem contradições, indecisões, dificuldades, sonhos, choros e risos. Tive que amadurecer minha opção e cristalizar a escolha que
havia feito. Foi uma escola à parte para mim, onde aprendi tanto
religiosamente, culturalmente e etc.
- Neste tempo de sacerdócio, o senhor viveu algum momento que o marcou muito? Quais foram/são os maiores desafios e as alegrias da vocação sacerdotal?
Muitos foram os momentos
que me marcaram. A ordenação Sacerdotal foi um momento onde percebi o
grande carinho que o povo, especificamente da minha cidade, tem por um
sacerdote. Eles celebraram o dia da ordenação com muita oração, alegria e
participação. No meu trabalho, muitos momentos importantes como a coordenação
da juventude na diocese de Tocantinópolis. O DNJ (Dia Nacional da Juventude) era celebrado cada ano em uma cidade da Diocese, e podia ver a
alegria dos jovens mais distantes dos grandes centros. Outro momento importante
foi a abertura da Faculdade Católica Dom Orione em Araguaína - TO. Difícil
enumerar as alegrias por serem muitas. Como padre e educador, gosto daquilo que
faço e procuro fazer com muito zelo.
- O que o senhor pode dizer aos seminaristas que ingressaram, recentemente, no seminário, ou aos que sentem este chamado de Deus?
Aos Seminaristas que
ingressam posso dizer que eles dever preparar muito tanto humanamente como
culturalmente para serem bons religiosos e sacerdotes. Uma formação humana
completa é base para uma boa vida espiritual. Outra coisa importante é saber
conviver com as diferenças culturais, religiosas e étnicas. Ser inteligente
hoje é saber conviver com o diferente. A riqueza da vida está nas diferenças.
Outra coisa importante é fazer com que a oração seja expressão da vida. Os
exemplos falam muito mais do que os discursos. Enfim o que deve contar na vida,
sobretudo dos Sacerdotes é de sermos bons, e isso basta. "Aquele que diz
que ama a Deus e não cumpre os seus mandamentos é mentiroso". Sejamos
verdadeiro seguidores de Cristos, eterno jovem.
Padre Francisco de Assis Silva Alfenas
Esperamos que todos nós do EJC, sigamos nesse espirito de doação
para fazermos um belo 58ºEJC
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